segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Workshop de Colaboração e Compartilhamento




Falar dos workshops da Casa do Presente já se tornou uma coisa muito pessoal para mim, e poucas palavras são fortes o suficiente para significar os sentimentos que venho descobrindo ao longo de nossos encontros. Nesse último sábado nos unimos em uma rede de corações abertos para conversar a respeito de dois temas extremamente presentes em nossas experiências diárias: Colaboração e Compartilhamento.

O ar frio daquele sábado à tarde me abraçava como um sopro reconfortante. Tomada por uma energia indescritível, meus olhos enxeram d’água antes mesmo de nos unirmos em círculo ali no estacionamento vazio da Hilo Coworking. As coisas separadas que já não faziam mais sentido algum aos poucos se fizeram um só todo, uma só verdade. Eu não saberia escrever sobre esse dia se antes o Gustavo Tanaka não tivesse verbalizado alguns dos meus sentimentos em um de seus textos como sempre faz.


A razão para eu ter pulado o relato de um de nossos encontros para escrever antecipadamente sobre o último sábado foram esses sentimentos ainda latentes. Naquela tarde, assim que coloquei meus pés diante do Gustavo minutos antes do workshop começar, fui tomada por toda a emoção que me cercava desde que dei início dentro desse projeto maravilhoso e conheci a Maria Lujan, idealizadora do sonho que é uma realidade pulsante em nossas vidas. Aconteceu que, anos atrás, eu descobria um dos textos do Gustavo de frente para o mesmo computador de onde escrevo agora. Quem diabos era aquele cara?

“Você não está sozinho nessa. Você não é o único.
Você não é louco e nem um extraterrestre.”
 Trecho do último texto do Gustavo.

Aquela foi a primeira vez que eu senti que alguém conversava diretamente comigo, alguém que compreendia como eu me sentia vivendo no mesmo mundo que eu. Uma das primeiras pessoas que me provaram possível ser aquilo que eu acreditava que era a única versão verdadeira de mim mesma. Finalmente ser verdadeiro era uma opção. Não me submeter ao ritmo do mundo e às expectativas de outras pessoas era uma opção. Era a opção que eu queria. E todas as escolhas que fiz dali para frente guiada por aquela faísca de pertencimento acabaram me levando até aqui.



Inspirada pela história e mensagem do Thiago Berto, que confirmavam a possibilidade de um mundo que expressasse aquela verdade latente dentro de mim, me inscrevi no Hackathon de Educação afim de escutá-lo pessoalmente. Não podia ser uma coincidência encontrar o Gustavo ali no mesmo lugar. No início eu duvidei, mas sim, era o cara. Os dois caras ali! E desde aquele dia acumulei uma imensidão dentro de mim, que só me cobrou algumas lágrimas essa semana ao me reencontrar com os dois no terceiro workshop da Casa do Presente.


Falar de Colaboração e Compartilhamento é também falar da Casa do Presente. É falar de nós como grupo, como indivíduos, como seres humanos, e trabalhar juntos para que sejamos, mesmo que separados, uma só coisa: a manifestação do mundo que precisamos agora, e que construímos para o presente. Esse mundo no qual o Gustavo me fez acreditar anos atrás, e que hoje é muito mais do que só uma possibilidade na minha vida. Um mundo do qual eu sou parte, me sinto parte e quero fazer parte.

Gratidão por todos que acreditaram nessa loucura linda que inspira e dá sentido aos sonhos de todos esses jovens que, como eu, se descobriram parte de algo muito maior e mágico quando conheceram a Casa do Presente. Estamos juntos por uma razão que foge do nosso entendimento, e tudo bem. Porque, como a Maria disse, nossos corações sabem mais do que as nossas mentes. Vamos nos descobrir juntos daqui pra frente! ♥
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